Por meio do Decreto Municipal nº 2.970, de 11 de fevereiro de 2021, seis mestres vencedores do Edital de Culturas Populares - Lei Aldir Blanc, em Candeias, agora são protegidos de acordo com a Lei Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural nº 1.474, de 05 de março de 2007, e estão registrados em livro próprio como Relíquias Vivas da Cultura.
Por entender que essas personalidades fazem parte da identidade e da cultura candeense e como forma de proteger os saberes e fazeres, o Departamento de Cultura Patrimônio Cultural e Turismo de Candeias indicou, em dezembro de 2020, ao Conselho Municipal de Patrimônio Cultural, que eles fossem reconhecidos como Patrimônio Cultural do Município. E ainda que fossem titulados “Relíquias Vivas da Cultura de Candeias”. A indicação foi aprovada por unanimidade.
Segundo o Departamento de Cultura, não se tem conhecimento de outra cidade em Minas Gerais que ofereça este tipo de proteção a seus Mestres, sendo a cidade de Candeias pioneira no Estado.
O próximo edital municipal para Mestres será lançado a partir de agosto 2021 e fará homenagem a Eni Florêncio Machado, considerado um grande fazedor de cultura do município, tendo dedicado grande parte de sua vida às Folias de Reis e participado por muito tempo do Conselho de Patrimônio Cultural da cidade.
Conheça os 6 mestres vencedores do Edital de Culturas Populares - Lei Aldir Blanc, em Candeias:
• Belchior Lino Olegário, 82 anos, toca vários instrumentos, participa de Folias de Reis, Congado e Corporação Musical Nossa Senhora das Candeias, tendo sido premiado como Mestre de Folia de Reis.
• Ozanan Almeida, 76 anos, poeta contador de causos, membro de Folia de Reis e tocador de viola, tendo sido premiado como Mestre poeta.
• José Francisco da Silva, 69 anos, toca diversos instrumentos, sendo predominante a sanfona, também participa do Congado, tendo sido premiado como Mestre sanfoneiro.
• Francisco de Paula Freire, 58 anos, praticante de arte da cura como benzedor, tendo sido premiado como Mestre benzedor.
• Onofre Bernardino de Sena, 83 anos, confecciona diversos artesanatos em bambu, tendo sido premiado como Mestre artesão.
• Rita Antônia de Almeida, 72 anos, faz diversos artesanatos em crochê, tendo sido premiada como Mestra artesã.