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Lideranças do Centro-Oeste de Minas reivindicaram melhorias na rodovia federal BR-354 durante audiência pública da Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O prefeito Rodrigo Moraes Lamounier esteve presente e compôs a mesa de trabalhos.
Em sua fala, o prefeito citou o tráfego diário de ônibus escolares na rodovia e as péssimas condições de visibilidade no trevo de Candeias, localizado em uma curva.
O prefeito de Campo Belo, Alisson Carvalho, apresentou um levantamento de acidentes no trecho entre Perdões e Formiga, objeto da audiência. Entre janeiro de 2018 e 10 de junho de 2019, foram registradas 172 ocorrências, com 26 vítimas fatais, além de outras gravemente feridas das quais não se tem notícia sobre a recuperação ou óbito. Nos últimos cinco anos, o número de acidentes aumentou 81%.
O levantamento aponta como principais causas dos acidentes a velocidade incompatível com o local, além de aquaplanagem e derrapagem. Ainda segundo divulgado pela Assembleia, o deputado Duarte Bechir (PSD), que solicitou a audiência, reiterou que a BR-354 ganhou piso novo há alguns anos, o que acabou realmente gerando um tráfego mais rápido. “Há muito trechos de acúmulo de água”, acrescentou.
O deputado contou que perdeu uma sobrinha há alguns meses, próximo a Campo Belo.  Conforme descreveu o deputado, um caminhão carregado de pedras aquaplanou e despejou a carga sobre o carro onde ela estava. Vários participantes lembraram de outras mortes ocorridas no mesmo trecho ou em outros pontos da rodovia.

Novos radares

O deputado federal Mauro Lopes participou da audiência e informou que o trecho entre Perdões e Formiga receberá mais sete radares em até 60 dias: um em Cana Verde, um em Perdões, dois em Candeias e três em Campo Belo.
Mauro Lopes salientou que o presidente Jair Bolsonaro voltou atrás da decisão de não permitir novos radares e autorizou a medida, após reunião com o Ministério Público Federal.

Requerimentos

Ao final da reunião, Duarte Bechir apresentou requerimentos, um dos quais para visitar os pontos críticos da BR-354, com o Dnit. Outro pede ao Dnit um estudo técnico da rodovia com adoção das providências imediatas possíveis; e o terceiro pede informações ao Estado sobre a alça da BR-364, já que o trecho foi cedido pela União.